
Pré-jogo: Após ganhar a Libertadores pela primeira vez, o time encarava no Mundial o campeão espanhol e europeu. O jogo foi realizado entre as duas finais do Paulistão.
Orgulho: Graças ao São Paulo, o Brasil voltou ao topo após oito anos de jejum no Mundial Interclubes, numa época em que até a seleção vivia fase de vacas magras. O time venceu com um gol inesquecível de falta de Raí - e ainda levaria o Paulista em seguida.
Memória: "Senti o time tranquilo depois do gol do Stoichkov. O Raí fez os gols, mas o nome do jogo foi o Muller, que fez a diferença. Era uma novidade disputar o Mundial, para o São Paulo e para o Brasil, que não tinha um representante havia muito tempo. Assistimos ao Barcelona jogar no primeiro tempo, mas no segundo foi diferente, passamos a acreditar. O Palhinha atuou mais adiantado, o Cafu - um dos primeiros alas do Brasil - chegou mais à linha de fundo, e o Raí se movimentou muito. O segundo gol do Raí foi uma jogada muito ensaiada, mas a questão é que ele não fazia gol de falta", Zetti.
SÃO PAULO 2 x 1 BARCELONA
Zetti, Vitor, Adilson, Ronaldão e Ronaldo Luiz; Cerezo (Dinho), Pintado, Raí e Cafu; Palhinha e Muller.
Técnico: Telê Santana.
Zubizarreta, Ferrer, Koeman, Guardiola e Eusebio; Bakero (Goicoechea), Amor, Witschge e Beguiristain (Nadal); Stoichkov e Laudrup.
Técnico: Johan Cruyff.
Gols: Stoitchkov, aos 13, e Raí, aos 27 minutos do primeiro tempo; Raí, aos 34 minutos do segundo tempo.
Estádio: Nacional de Tóquio. Data: 12/12/1992. Árbitro: Juan Carlos Loustau (ARG).
Pré-jogo: Após sofrer derrota por 1 a 0 na Argentina, o São Paulo tentava ganhar por dois gols de diferença no Morumbi, em sua primeira final da Libertadores.
Orgulho: Já seria o bastante se o orgulho fosse um título inédito em uma vitória emocionante na disputa por pênaltis. Mas a conquista do São Paulo em cima do time de Bielsa mudou a maneira como o Brasil - times, torcida e mídia - enxergava a Libertadores.
Memória: "O São Paulo ficou muito grande a partir desse título, por todas as competições que disputou e conquistou. Até então todos viam a Libertadores como algo normal. Sofremos muita pressão na Argentina, então acho que o 1 a 0 para eles foi lucro. O jogo no Morumbi foi bastante difícil, porque o Newell´s se fechou bem, e o gol demorou a sair. Disputa por pênaltis é algo complicado, mas você nunca acha que vai perder depois de vencer nos 90 minutos. Depois do título, teve aquela invasão de campo, que foi uma coisa de louco", Palhinha.
SÃO PAULO 1 x 0 NEWELL´S OLD BOYS
Zetti, Cafu, Antônio Carlos, Ronaldão e Ivan; Adílson, Pintado, Raí e Palhinha; Muller (Macedo) e Elivélton.
Técnico: Telê Santana.
Scoponi, Llop, Gamboa, Pochettinno e Saldaña; Berti, Berizzo, Martino (Domizzi) e Zamora; Lunari e Mendoza.
Técnico: Marcelo Bielsa.
Gol: Raí, aos 20 minutos do segundo tempo.
Pênaltis: Raí, Ivan e Cafu converteram para o São Paulo (Ronaldão perdeu); Zamora e Llop converteram para o Newell's (Berizzo e Mendoza perderam).
Estádio: Morumbi. Data: 07/06/1992. Árbitro: José Joaquín Torres (COL). Público: 105.185.

Pré-jogo: O São Paulo vinha de vitória apertada (3 a 2) sobre o Al Ittihad (ARA) na semi e decidiria o Mundial contra o Liverpool, que batera o Saprissa (COS) por 3 a 0.
Orgulho: O Tricolor se tornou o time brasileiro com o maior número de títulos mundiais (três) ao derrotar uma equipe que não sofria gol havia 11 jogos. Foi também a atuação mais marcante da carreira do ídolo Rogério Ceni, que fez três grandes defesas.
Memória: "Tínhamos assistido a Liverpool 3 x 0 Saprissa e ficamos muito preocupados. No jantar, o Rogério Ceni comentou que nosso time tinha jogadores baixos, como eu, Mineiro e Josué, e que teríamos essa desvantagem. A jogada aérea do Liverpool era forte. Eu não tive uma noite bem dormida, com frio na barriga, e comi quase uma caixa inteira de bombom. Entramos muito concentrados na partida e conseguimos o gol com o Mineiro, um jogador abençoado, com humildade e uma história de superação", Cicinho (atualmente no Roma).
SÃO PAULO 1 x 0 LIVERPOOL
Rogério Ceni, Fabão, Lugano e Edcarlos; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior; Amoroso e Aloísio (Grafite).
Técnico: Paulo Autuori.
Reina, Finnan, Carragher, Hyypia e Warnock (Riise); Xabi Alonso, Sissoko (Sinama), Gerrard e Kewell; Luis Garcia e Morientes (Crouch).
Técnico: Rafa Benítez.
Gol: Mineiro, aos 26 minutos do primeiro tempo.
Cartões amarelos: Lugano e Rogério Ceni (São Paulo).
Estádio: Internacional de Yokohama (JAP). Data: 18/12/2005. Árbitro: Benito A. Archundia (MEX). Público: 66.821.
Pré-jogo: Já sem Raí, o time buscava o segundo Mundial, contra outro supertime - o Milan, que herdara a vaga do Olympique, impedido de jogar devido a um caso de corrupção na França.
Orgulho: A força defensiva do Milan é constatada pelo fato de levar três gols em só dois de 36 jogos de Campeonato Italiano em 1993. Outro feito do São Paulo foi se igualar a Santos, Internazionale e Milan como os únicos na história a ganhar o Mundial em dois anos seguidos.
Memória: "A dificuldade das finais de 1992 e 1993 foi a mesma, mas o jogo contra o Milan foi tecnicamente inferior. Foi truncado, muito disputado. O Milan tinha jogadores que atuavam juntos há muito tempo e marcavam muito bem. Esperávamos uma partida mais técnica, porque o Milan tinha grandes jogadores. O São Paulo tinha na frente eu, Palhinha, Cafu e Leonardo - ou seja, não havia um centroavante fixo. Era uma equipe de muita rotatividade, com aproximação entre os jogadores", Muller (atualmente técnico do Grêmio Maringá).
SÃO PAULO 3 x 2 MILAN
Zetti, Cafu, Válber, Ronaldo e André Luiz; Doriva, Dinho, Toninho Cerezo e Leonardo; Palhinha (Juninho) e Muller.
Técnico: Telê Santana.
Rossi, Panucci, Costacurta, Baresi e Maldini; Albertini (Orlando), Desailly, Donadoni e Massaro; Papin e Raducioiu (Tassotti).
Técnico: Fabio Capello.
Gols: Palhinha, aos 19 minutos do primeiro tempo; Massaro, aos três, Toninho Cerezo, aos 14, Papin, aos 36, e Muller, aos 41 minutos do segundo tempo.
Estádio: Nacional de Tóquio. Data: 12/12/1993. Árbitro: Joël Quiniou (FRA). Público: 52.275.
Pré-jogo: Na decisão do Brasileiro de 1986, os times jogariam em Campinas após empate por 1 a 1 no Morumbi. Era também o duelo entre os artilheiros Evair e Careca (24 gols cada).
Orgulho: Naquela que provavelmente é a final mais emocionante da história do campeonato, o São Paulo marcou com um título nacional a geração chamada de Menudos - com jogadores como Muller, Silas e Sídnei. E Careca, com um gol no fim da prorrogação, ficou com a artilharia.
Memória: "O nosso time era mais experiente. Na prorrogação, enquanto o Guarani chutava para arquibancada, o São Paulo tocava a bola com calma. Você sempre espera uma final difícil, com só um ou dois gols. Quando o Guarani fez o primeiro na prorrogação, pensei: 'Mataram o jogo'. Ninguém esperava que sairiam mais gols. Hoje acho que, se tivesse mais tempo, ainda teria um gol para cada lado. No fim, já tocavam o hino do Guarani e colocavam 'campeão' no placar eletrônico, quando o Careca empatou", Pita (atualmente trabalhando para a Traffic).
GUARANI 3 x 3 SÃO PAULO
Sérgio Néri, Marco Antônio, Ricardo Rocha, Valdir Carioca e Zé Mário; Tozin, Tite (Vágner) e Marco Antônio Boiadeiro; Catatau (Chiquinho Carioca), Evair e João Paulo.
Técnico: Carlos Gainete.
Gilmar, Fonseca, Wágner Basílio, Darío Pereyra e Nelsinho; Bernardo, Silas (Manu) e Pita; Muller, Careca e Sídnei (Rômulo).
Técnico: Pepe.
Gols: Nelsinho (contra), aos dois, e Ricardo Rocha (contra), aos nove minutos do primeiro tempo; na prorrogação: Pita, a um minuto, Boiadeiro, aos sete minutos do primeiro tempo; João Paulo, aos cinco, e Careca, aos 14 minutos do segundo tempo.
Pênaltis: Tozin, Valdir Carioca e Evair converteram para o Guarani (Marco Antônio e João Paulo perderam), e Darío Pereyra, Rômulo, Fonseca e Wágner Basílio converteram para o São Paulo (Careca perdeu).
Cartões amarelos: Ricardo Rocha e Valdir Carioca (Guarani). Cartão vermelho: Vágner (Guarani).
Estádio: Brinco de Ouro (Campinas). Data: 25/02/1987. Árbitro: José de Assis Aragão (SP). Público: 37.370.
Realmente foram grandes jogos, dos quais todos eu assisti, vibrei, e na final da Libertadores da América contra o Newell´s Old Boys eu estava lá no Maior do Mundo.
Sem dúvida alguma o Soberano proporciona aos seus torcedores grandes emoções, coisa que nenhum time no Brasil ainda conseguiu em tamanha proporção.
Saudações Tricolores!!!
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